quarta-feira, 25 de junho de 2014

Realeza

Saio e entro e saio ou subo e desço quando quero. Tu não.
Iludo a segurança e a intransponibilidade. Descanso dentro, encadeado, e fujo alto na permissão.
À noite volto ao real e sempre te encontro, ou só a sombra alternada dos degraus ou do desprezo teatral, na certeza que também por lá admirada representas…

Proponho e já sei: se quiseres, és ou foste a (minha não real) solidão.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Semanada

Nas tuas palavras ainda pouco entendíveis de um lado, nos latires muitos a montante, incomodativos que tolero sem saber pela noite, nas desafinações constantes que vou ingerindo e expulsando em bolas de sabão de tonalidade que ainda aqui não há ou formas também quase enganosas e sem validade.

Neste complexo espaço por perto que subjuguei continuo à saída, com intenção, sem perder ou ganhar.
Sempre iluminado por essas luzes minúsculas em fila torta em busca incessante de energia, atendendo o próximo descanso, nervo futuro expirado, noite ou grande silêncio escuro perguntado, linear sem querer não estragado, sem voz nem entrada. Rendido.