quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Máquinas do tempo

À minha esquerda na direção que pressinto, o mesmo pretendente incapaz, dentro, mal encharcado, nada que viva mas possa viver.
Posso sempre, para que perdure, roubar-lhe a tradução que os meus olhos de cansados só a cores imprimem,
no vento que as folhas corretamente rasga e daqui a um ano ou mais nem menos segura.
Fiquem, que fique... e então ficam já secas mensagens, que eu só de acordar tais barreiras, cumprindo pena no preto e branco salpicado, a direito desmaiado, também já fui.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Realeza

Saio e entro e saio ou subo e desço quando quero. Tu não.
Iludo a segurança e a intransponibilidade. Descanso dentro, encadeado, e fujo alto na permissão.
À noite volto ao real e sempre te encontro, ou só a sombra alternada dos degraus ou do desprezo teatral, na certeza que também por lá admirada representas…

Proponho e já sei: se quiseres, és ou foste a (minha não real) solidão.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Semanada

Nas tuas palavras ainda pouco entendíveis de um lado, nos latires muitos a montante, incomodativos que tolero sem saber pela noite, nas desafinações constantes que vou ingerindo e expulsando em bolas de sabão de tonalidade que ainda aqui não há ou formas também quase enganosas e sem validade.

Neste complexo espaço por perto que subjuguei continuo à saída, com intenção, sem perder ou ganhar.
Sempre iluminado por essas luzes minúsculas em fila torta em busca incessante de energia, atendendo o próximo descanso, nervo futuro expirado, noite ou grande silêncio escuro perguntado, linear sem querer não estragado, sem voz nem entrada. Rendido.