quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Depois

Nem sei que tempo contar, te contar, se te mostro (eu já sei) esta mão…
O que passou ou voltou a passar, esta coisa sem asas que se quer remessar.
Um de muitos trezentos, de dores alisadas sem dó, éden todo em visão,
aqui nos deixaram e nós, sem vergonha, de mão aberta vendada (reparaste?), a ficar…

Humilde viagem que só vai, todos em queda livre enrugada, desenhada em arco a ponto luz quebrada.
Orlas verticais magnéticas passadas, já deitados em fuga para sempre,
o que conta selado, pesado, reparado... a uma só mão.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Voltas

Já te tinha avisado que nem sempre minto.
Já devias saber que nem sempre o que foi não repete,
com as notas que te passei, invisíveis, em verdade.



domingo, 12 de maio de 2013

100

Do tanto mais infinito que tenho, isto aqui exatamente a meio também é essencial, irracional, a totalidade maior.
Arrependimento limpo não busco, sofrimento em vazio sinto também.
Mas, sem isto ou luz ou sol, que seria? Sem dor ou ódio que sim poderia antes do zero evitar?
Se me entendesses, como te amo, saberias e ainda mais eu desgarrado às escuras me poderias amar.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Paralelo

Quando abrires o cofre estarei de certeza por perto e já não,
aqui e talvez em 2032 reinventado, depois ou mais cedo te contarei…
E então cruzaremos esse mar e passado desencontrados, milimetricamente paralelos, ainda não decidido, desviado, recalquei…
Talvez em sonhos me fuja só agora do contrário usual, semelhantes e unidos, com a única chave de sempre, deste inevitável percurso sem receios já aqui, bem temperado, só de costas à ilusão.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sacramento

Lembra-te que fomos e/ou seremos ainda mais do que isto na humanidade paralela que te mostrei, assistiremos voluntariamente, anteverás.
(Criações nossas mas olímpicas, agora ininterrompidamente...)
Assim mesmo, não te esqueças que isto que me dais hoje fere em mim pouco mais que perfeição, âmago meloso tatuado, suficiente...
Em qualquer direção.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Agora

Ainda um dia te hei-de criar ou agora, em não-direção, ou hoje amanhã declarar.
Por enquanto, calendário-frio-verdade improviso. Pouco menos consigo, sempre igual, tal sem qual, me atingiu ou doeu!
Se mais não posso beber ou rever ao jantar, faço almoço de sobra, diferente em calor ao jantar…
Sem coerência, com saber é mais fácil, em alma arranhou mas é curto ou devido…
Não confundo ou aviso ao findar que sois eu, mudo-igual, boca seca, ditado. Dias-anos-ébrio-criado, digerido, inicio…