O'neill, Alexandre
Fico sempre assim quando te ouço.
Como se nada tivesse feito sentido
Como se nada fosse o que devia!
Experimento algo que descrevo
Entre o olhar que não vejo
E o que vejo sem te olhar!
Sinto tristeza e saudade
Absorvo em minha alma tudo o que não quero
Tudo o que não pude
O que fiz por querer
Tudo o que quero e não posso
TUDO! (ai nostalgia...)
(Nestas palavras que agora solto, começo a entender a insónia)
E invento-te em palavras
As que num improviso consciente e com sono vão brotando
Desse teu universo
Do que sei de ti!
Estas palavras que me deixam
(Talvez p’ra sempre)
E que me negavam o sossego…
E porque quiseram libertar-se
Por ti
(sem ler)
Fielmente assim
Irão ao teu encontro…
Sem que te apercebas, sem que me aperceba,
descrevo-te, invento-te, invento-me!
E agora (evitei a “congestão” que quis inventar)
Já posso sonhar…
(presumivelmente, não contigo)
Talvez um dia,
Talvez num outro dia…
(Até sempre, talvez nunca)
Até já!





