sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Tempo

Um dia quinze minutos depois de ontem, envelheço só de passagem. Amanhã serei de amanhã.
Num dia de horas a mais de hora vã, se eu não a tenho que a encontrem.
Isso pode, nós fazemos o tempo. Que tente achar alguém que este lugar não é só meu.
Ensaiando dar prazer furtivo, com rodeios, vejo o longo caminho terminado.

Fico em ontem revigorado, tempo a menos reunido, par sabido,
legalmente contentado e sem preâmbulo, pena aceite que demanda.
Só café e uma varanda, meu recanto que se esconde, hoje imenso para sempre que forjei.

Yerka, Jacek

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