Não conheço ninguém assim…
Quarenta e dois minutos para abrir a porta de casa…
Não conheço ninguém assim…
Capaz de desmoronar de ontem p’ra hoje,
o que com sofrimento se constrói.
Penso não haver ninguém assim…
Que amarga a construir, vive da desintegração imprevista,
se desvanece com ela,
cúmplice da motivação que perde por conseguir,
não sentindo a luta como vã!
Não conheço ninguém assim…
Feliz ontem, perdido agora, impossível melhor… logo!
Não conheço ninguém que entenda…
Não conheço ninguém assim…
Que vê o que em nada se distingue do demais,
sente o que ninguém demonstra experimentar…
Deseja a mudança evitando-a quando possível!
Desperdiçar e tentar conquistar, só porque sim,
ter sorte no azar, atrair o acaso, quando na sorte não se acredita.
Ter sorte em conseguir!
Não conheço ninguém assim,
que se obriga a cegar pela luz deste mundo que não é o seu…
Até ao momento em que te convertas no meu espelho.
E então ver-me-ei em ti…
Tu entenderás,
e permitirás conhecer-me!
Ernst, Max