quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Na quinta da Elsa

Cheguei agora...

Com muito p'ra contar
Com nada p'ra dizer...

Vou fumar um cigarro e dormir...
(O hoje está visto)

Espero não queimar os lençóis...

Gosto de laranjas, é certo...
Mas também, aqui, aprendi a gostar de caracóis...

(Provavelmente, amanhã, sóbrio, apago isto)


Yerka, Jacek

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Decisão, amanhã

Não conheço ninguém assim…
Quarenta e dois minutos para abrir a porta de casa…

Não conheço ninguém assim…
Capaz de desmoronar de ontem p’ra hoje,
o que com sofrimento se constrói.
Um puzzle de mil peças,
ainda hoje reconstruído.

Penso não haver ninguém assim…

Que amarga a construir, vive da desintegração imprevista,
se desvanece com ela,
cúmplice da motivação que perde por conseguir,
não sentindo a luta como vã!

Não conheço ninguém assim…
Feliz ontem, perdido agora, impossível melhor… logo!
E agora mesmo feliz!

Não conheço ninguém que entenda…
Não conheço ninguém assim…
Que vê o que em nada se distingue do demais,
sente o que ninguém demonstra experimentar…
Deseja a mudança evitando-a quando possível!
Desperdiçar e tentar conquistar, só porque sim,
ter sorte no azar, atrair o acaso, quando na sorte não se acredita.
Ter sorte em conseguir!

Não conheço ninguém assim,
que se obriga a cegar pela luz deste mundo que não é o seu…

Até ao momento em que te convertas no meu espelho.
E então ver-me-ei em ti…
Tu entenderás,
e permitirás conhecer-me!

Ernst, Max