domingo, 13 de abril de 2008

Bocage

Sofro por Ti,
Sofri por ti.
Mas não disse,
Mas não digo!
A ninguém,
A Ti,
Nem a ti!
Eu próprio não sei.
Queria dizer-Te o que perdi…

Espoliaram-me de mim,
Do verde de 1986, que só Tu sabes!
(e não tu)!

Deixei-os, com alguns metros de distância…
Não queria deixar de o ser,
Amigo!
Roubei uma rosa e três girassóis,
E deixei-me ir, guiado pela expectativa,
E pelo álcool!
(O pôr do sol tinha sido há seis horas).
Na despedida, dei-lhe a única que sobrevivera à antecipada ressaca!
Ganhei,
Perdendo os girassóis entre a lua e as estrelas,
Ganhei o perfume da rosa!

Ganhei!
Entre as estrelas, a lua, a rosa e a rosa,
Não perdi o amigo!

Perdi tudo, premeditadamente!
Fiz quatro números e duas estrelas no Euromilhões, ainda não sei quanto ganhei!
(mas não deve dar para pagar o carro)!

Mas o que eu queria mesmo, era reaver o meu caderno verde, a minha insanidade, a minha arte coisal!
És Tu que o tens?
És tu?
tu não, não sabes, esquece!

Premeditadamente, na verdade, perdi apenas quase tudo...

Em reconstrução...

1 comentário:

Olinda disse...

Do verde: a reconstrução. :-)