terça-feira, 23 de novembro de 2010

Três sonhos

Vamos passar agora para a região hipnótica, vou chamá-las quando puder.
Não exijo que as veja, apenas comparação. Se for picante ou salgado não posso.
Nunca caio nestas lutas onde me vejo, sei porquê. Nunca as duplico.
Controlo os agentes, tomo a pedagogia e acerto o cérebro, a luz e aplico.
(após o nascimento as consequências enveredaram-me pela direita, sem remorso)

Do rés-do-chão ao terceiro a vaguear. Enclausurado no elevador. Consegui não passar.
O jantar como pedi começa como nunca por canja.
Deleito-me, ou deito-me no sofá a ver na televisão o que posso e a mudar.
Quando houver que tenha a hortelã do teu pomar. Hoje talvez volte a comer uma laranja.

Yerka, Jacek

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pescoço

Tudo é diferente em instantes, desarranjo e paralisia engendrada.
Ainda não adivinhei o que ilegalmente se extingue, se nunca o disse.
O meu tempo vindouro sempre em salva engrandecida.

Um pouco mais sério e com muita sede, mais amedrontado a cada minuto ou menos impaciente, pendi-me no muro que se afastou do leito, coloco os óculos e aliei-os noutro.
Uma vez desocupadas as garrafas, aceitas controlar o carro pela minha intenção? Breves minutos de amanhã, enquanto dissolvo a carência esta noite, de um lado para o outro?

(Só. Para tentar adivinhar a solução)

Yerka, Jacek

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sono

Resina morna ou saliva fria,
tenho à vista a primeira solução.
O papel sem rasgar desfazia, errei o material, temperatura e na mão.

Perdido no tempo e voltando no espaço, bati de frente já tão longe em marcha-a-trás fora de mão.
Sem culposos mais recentes com razão ou dano clássico que os ofusca.
Rasguei o teu/nosso vazo em fragmentos, que em carne e osso e um beijo colento que gela, só agora desarrumado e completo ou quase já na Capela, em primeira (mão) não me trazes.

Olbinski, Rafal