Buscam-me as pessoas, as imagens, os olhares que sei ter despertado…
Num súbito assomo de prepotência, só me encontra quem eu quero,
Ou quem aproveita aqueles instantes de distracção entre o agora e o não sei quando!
Ficticiamente,
Vou-me cruzando, com alguns, por aí…
Na realidade, argumento e realizo na imagem que me surge,
O nosso espaço…
Entre o aparelho avariado onde se ficciona e a deliciosa claustrofobia de um, demasiado pequeno, figurante,
Estático, tantas vezes a personagem principal,
Num desempenho insuficiente e essencial.
Onde cabemos e, quando sós, nos esperamos por entre a transparência,
Que agora obrigatoriamente abrimos…
Desempenhamos o nosso papel, respiramos
E, dadas as contingências, merecemos, pelo menos, a nomeação…
