Sou quando sei não querer e
conquistar,
quando tento e resulta, só p’ra mim!
Espero à entrada o que me surge a todo o momento:
Pensado encoberto e gélido
quebrado na transparência de tudo
o que não sou, que vislumbro, muito,
um pouco quase nada…
Se quiserdes perguntar-me o motivo da demora,
a razão da incongruência de ser o que se pode quando se quer,
responderei que já não sei da saída…
Preferiria não responder… porque havereis de questionar?
Momentaneamente feliz com o que não procurei,
sempre o serei na ilusão de ser o que sou,
o que somos, o que quero não ter,
angustiado por assim ser: Feliz assim!
Só o que não penso vou alcançando,
selado depois de teorizar o inverso!
Na vida não sou o que se vê,
muito menos o que sou pensado…
E agora mesmo, reflicto-me no que escrevo não sabendo.
Exactidão teórica, como fim,
prática inicial não prevista!
Transparente, do mundo, ignorado, amante inventado!
Quando o vazio me engana…
Olbinski, Rafal 

