segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cortado em pequenos pedaços, salteados a gosto...

Concretizar o potencial, o objectivo,
Encontra-lo.
Sinto-me mal quando sou bom…
(O reconhecimento)
Gosto de estar sozinho,
Sei!
Sou vários.
(Um deles reconhece)

Prefiro, por vezes, ser
Pensar ser,
Pior do que sou…
Pesa menos
(A Injustiça)

Convencido?
Só um deles!

Propositadamente perco,
Gosto de perder,
Só p’ra mim!
(Não sei perder p’ra mais ninguém)

O acaso objectivo:
(uma tese a concretizar)

O que resta da esquerda…
Não concretizando por inteligência,
Ei-lo,
Por necessidade.

Não leio,
Não quero!
(Ocasionalmente…)

Gosto muito de caminhar sob o seu efeito,
Lendo o olhar das pessoas,
De algumas,
Não vêem
Que o sentem!
(Difícil seria não sentir)

Se apostar em deus e existir, ganho tudo!
Se não existir, nada perco!

Aqui,
Onde me perdi…
Onde me abrigo, preciso,
Sem o alivio conseguir precisar!

Apostar?

Não quero tudo,
Deixaria de conseguir perder!

Ganhar?
Gosto de cozinhar!

E de cosinhar...
Já concretizado!
(Só p'ra mim)

Volto já!

(a comer, a cosinhar...)

Escher, M. C.

sábado, 17 de maio de 2008

Eu, agora, p'ra que ouças o passado...

Invento…
Não porque quero,
Porque não quero,
Necessidade!

Vivo de inventar…

Invento que não sei inventar…
E sou eu,
Como me queres,
Como não me queres,
Não quero,
Como não sei!

Invento o viver…
Ignoro a verdade…
Vivo a invenção.

Eu.
Eu.
Ninguém.
Agora.

Na mentira.

(Em surdina, talvez mudo, bafejando-te ao ouvido…)
Não me ouves?
Porque não ouviste?
Não o quis, inventar,
Porque não gritei:

Eu!
Tu!
Minha!
Sempre!

(Acredita em mim,
acredita em nada!
O que ganhámos,
queremos ter ganho,
perdendo, sem perder):

- Na nossa verdade!
(Não consegui inventar...
Que não inventei)!

Eu,

- Quem desistiu?

Não fui!


FIM
(sequelas, sem sequela)
.



Yerka, Jacek

quarta-feira, 14 de maio de 2008

“Esse Grito Imortal”

Irracional.
Já tenho a resposta,
Não sei a pergunta…

Apressado,
Espera-me a paixão!
Expectativas no auge,
Daquelas que, impressionantemente,
Não saem goradas!
Conhecendo ou não,
Admirando ou menos,
Concretiza-se em amizade incondicional,
Porque sim!

Dias de ausência,
Sempre lá!
E acontece,
Sempre,
Novamente!

Uma visão já turva:
70 garrafinhas vazias!
Amigos de nunca,
Amigos de sempre!
Coincidências que definem o destino!

Vozes espirituais,
Espirituosas,
Num “Grito Imortal”!

Encontros inesperados,
Ligações (mais ou menos) perigosas,
Pequenos-almoços intermináveis,
O absurdo (bigodes)!

Sesta matinal na paragem,
Situações mal resolvidas,
11 da manha, vou dormir!

Fotos com álcool,
Óculos de sol,
Empadas e bolos,
Muito sal e limão,
Dívidas,
Hipotéticos Roubos,
Cheiros sem proveniência definida:
- Só te fica mal!

Uma ligação sem sentido,
sentida:

Numa felicidade tão sofrida,
Essa nostalgia,
que só nós entendemos!

Mística,
Paixão,
Platão,
Amizade,
Porque sim!
COIMBRA,
Porque sim,
Para sempre!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Porque já é hora de inventar qualquer coisa...

Vejo algo em forma de círculo,
Descontinuo,
Cores,
Vejo cores,
São cores,
Várias cores,
Ocupo o lugar de uma delas,
Não consigo discernir qual.

Uma porta,
Entreaberta,
Fechada pela ignorância inocente.
Fumo branco,
Olhos em chamas,
Num olhar que é de gente.

E volta a abrir-se…

E a brisa decidida,
E/mas inócua,
Aumenta o “não saber ” comprimido.
E anjos sedentos,
Fecundos,
De bem,
Suspiram por entre o vazio das cores.
De quem?

Já não vejo,
Lá ao fundo,
Tudo está do outro lado,
Algo está para lá, imundo,
Mas não vejo,
Embora ardente.

Quero ver, não ser visto,
Uma cor transparente.